DATA: 31 / Maio /
2012, quinta - feira
HORÁRIO: 20 horas
LOCAL: Instituto
Cultural Companhia Bella de Artes
Rua Prefeito Chagas,
305 – PL, Edifício Manhattan
Poços de Caldas – MG
– Tel (35) 3715.5563
Nesta quinta feira o Instituto
Cultural Companhia Bella de Artes homenageia CASTRO ALVES, no tradicional Sarau
de Poesia, que neste mês conta com a curadoria do jornalista ROBERTO TEREZIANO.
Os presentes podem subir ao palco para declamar poesias, interpretar, cantar,
dançar, enfim, o palco estará aberto.
Frederico de Castro Alves, era baiano
nascido em Curralinho em 14 de março de 1847, na fazenda de Cabaceiras.
Suas poesias mais conhecidas são
marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como “Poeta
dos Escravos”. Em Recife era tribuno
e poeta sempre requisitado nas sessões públicas da Faculdade, nas sociedades
estudantis, na plateia dos teatros, incitado desde logo pelos aplausos e
ovações, que começava a receber e ia num crescendo de apoteose. Era um belo
rapaz, de porte esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos, negra e basta
cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a multidão,
impondo-se à admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres. Ocorrem
então os primeiros romances, que nos fez sentir em seus versos, os mais belos
poemas líricos do Brasil.
Teve
fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por duas grandes
causas: uma, social e moral, a da abolição da escravatura; outra, a república,
aspiração política dos liberais mais exaltados. Data de 1866 o término de seu
drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, representado na Bahia e depois em
São Paulo, no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua vocação.
No dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eugênia. Na
estreia de Gonzaga, dia 7 de setembro, no Teatro São João, foi coroado e
conduzido em triunfo.
Em
janeiro de 1868, embarcou com Eugênia Câmara para o Rio de Janeiro, sendo
recebido por José de Alencar e visitado por Machado de Assis. A imprensa
publica troca de cartas entre ambos, com grandes elogios ao poeta. Em março,
viajou com Eugênia para São Paulo. Decidira ali – na Faculdade de Direito de
São Paulo - continuar seus estudos, e se matriculou no terceiro ano.
Continuou
principalmente a produção intensa dos seus poemas líricos e heroicos,
publicados nos jornais ou recitados nas festas literárias, que produziam a
maior e mais ruidosa impressão; tinha 21 anos, e uma nomeada incomparável na
sua geração, que deu entretanto os mais formosos talentos e capacidades literárias
e políticas do Brasil; basta lembrar os nomes de Fagundes Varela, Ruy Barbosa,
Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Bias Fortes, Martim Cabral,
Salvador de Mendonça, e tantos outros, que lhe assistiram aos triunfos e não
lhe disputaram a primazia. É que ele, na linguagem divina que é a poesia, lhes
dizia a magnificência de versos que até então ninguém dissera, numa voz que
nunca se ouvira, como afirmou Constâncio Alves. Possuía uma voz dessas que fazem
pensar no glorioso arauto de Agamenos, imortalizado por Homero, Taltibios,
semelhante aos deuses pela voz…, como disse Rui Barbosa. Pregava o advento
de uma "era nova", segundo Euclides da Cunha.
A 7 de
setembro de 1868, fez a apresentação pública de Tragédia no mar, que
depois ganharia o nome de O Navio Negreiro. No dia 25 de outubro, foi
reapresentada sua peça Gonzaga no Teatro São José.
Em
março de 1869, matriculou-se no quarto ano do curso jurídico, mas a 20 de maio,
tendo piorado seu estado, decidiu viajar para o Rio de Janeiro, onde seu pé foi
amputado em junho. No dia 31 de outubro, assistiu a uma representação de
Eugénia Câmara no Teatro Fênix Dramática. Ali a viu por última vez, pois a 25
de novembro decidiu partir para Salvador. Mutilado, estava obrigado a procurar
o consolo da família e os bons ares do sertão.
Em
fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se
agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para
Salvador. Ainda leria, em outubro, A cachoeira de Paulo Afonso para um grupo
de amigos, e lançou Espumas flutuantes. Mas pouco durou.
Sua
última aparição em púbico foi em 10 de fevereiro de 1871 numa récita
beneficente. Morreu às três e meia da tarde, no solar da família no Sodré, Salvador,
Bahia, em 6 de julho de 1871.
Seus escritos
póstumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso
(1876), Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador
(1921).
É
patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.


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