Histórico - Cia BELLA de Artes

Histórico
Em meados de 1994 surgiu a Cia BELLA de Artes, com o objetivo de tentando discutir com a sociedade os verdadeiros atributos da arte, questionando, ensinando, fantasiando, enfim, usando de recursos artísticos como o teatro, a dança, a literatura, artes plásticas entre outros, para alcançar o papel essencial da arte: elevar a qualidade de vida.
Inicialmente suas atividades restringiram-se às manifestações relacionadas às artes cênicas, desenvolvendo o espetáculo “O Destruidor” de Luiz Fernando Frizzo e Giovanni Dias para ser implementado nas escolas públicas do município, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura no projeto Educarte. O projeto atingiu um significativo número de estudantes (aproximadamente 17.000 crianças), o que despertou o interesse da Prefeitura Municipal da Cidade de Andradas, e o posterior fechamento de contrato com o grupo para desenvolver apresentações também nas escolas da cidade.
Daí em diante, o grupo não parou mais de produzir e desenvolver projetos com o município, com as empresas privadas e com as instituições culturais e assistenciais de toda a região. Em 1995 desenvolveu o espetáculo “Os Peraltas no Natal”, e, em 1996, “Gato Cachorro e Confusão”.
Com o objetivo de contribuir para a humanização do Hospital da Santa Casa, em 1996, cria o projeto “Clinica da Alegria” com os “doutores Palhaços”, animando a ala pediátrica do hospital e, posteriormente, em todas as alas. (O projeto se tornou independente através da criação da Associação dos Amigos da Clínica da Alegria, para a manutenção do mesmo). Ainda neste ano a Cia Bella começa implementar o Projeto Educando (projeto que acompanha o grupo até os dias de hoje).
Em 1997, produz os espetáculos “A Cigarra e a Formiga” e “Os Peraltas no Natal”; em 1998, remonta o espetáculo “Gato, Cachorro e Confusão”. Durante o período percorre a região com suas encenações de teatro, voltadas ao público infantil.
Em 1999, na esteira da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Lei 6.363/96) produz o espetáculo “Os Saltimbancos”, de Chico Buarque de Holanda, trazendo a público uma superprodução infantil que atingiria (gratuitamente!!) 15.000 espectadores no Teatro Municipal Benigno Gaiga, (Urca), alem de percorrer todo o país durante 2 anos, culminando no reconhecimento institucional através dos prêmios de Melhor Ator e Diretor (Giovanni Dias), Melhor Atriz (Roberta Dias) e Melhor Espetáculo no Festival Nacional de Teatro de Minas Gerais (2000), em Belo Horizonte, promovido pela FETEMIG – Federação de Teatro de Minas Gerais.
No mesmo ano lança a idéia de criação de um Instituto Cultural independente, uma organização não governamental de ação cultural, que pudesse incentivar as artes e a cultura em todos os segmentos, de forma a criar um movimento cultural de formação do artista e do público, visando uma continuidade no processo cultural. A resposta foi imediata e vários artistas se aproximaram do grupo, abraçando a nova idéia. Nesse sentido, o grupo cria, em 2001, o Jornal Papo*Arte, um informativo periódico com objetivo principal de formar um fórum permanente de discussão cultural e ao mesmo tempo abrir um espaço de propostas às políticas públicas no município.
Em 2001 ainda, dando continuidade no Projeto Educando, a Companhia Bella produz o espetáculo teatral “Avessas”, de Giovanni Dias, abordando a temática Sexualidade e Drogas, e assistido por cerca de 10.000 adolescentes no município (espetáculo ainda em cartaz); lança, na seqüência, o projeto “Do Livro Para o Teatro” buscando desenvolver o estímulo à leitura através do teatro, com o espetáculo “Nós”, uma fábula adaptada do livro de Eva Furnari.
Neste mesmo ano, firma parcerias importantes com algumas empresas locais, tais como: Rhodia Ster, Sesc, Danone, Instituto Moreira Sales, que passam a consumir o produto cultural desenvolvido pelo Instituto, possibilitando a concretização da idéia de independência cultural e auto-gestão.
Envolvido nesse clima de organização e fazeres culturais, a Cia Bella de Artes arrisca vôos mais altos e aventura-se no campo editorial e lança um livro infantil: “Ninco”, dos escritores e ilustradores poços caldenses David Daniel e Gladstone Trindade, em parceria com o Sesc, ao mesmo tempo em que estimula o processo de profissionalização dos grupos de dança, teatro e literatura.
O resultado disso foi que em 2002, alcançando o reconhecimento por parte da população e por parte das empresas privadas, a idéia de se criar uma ONG Cultural se concretiza. Oficialmente surge, enquanto pessoa jurídica, o Instituto Cultural – Companhia Bella de Artes, com sede e espaço de atuação independente do poder público, sendo reconhecido como Utilidade Pública Municipal pela Lei 7.821/2003 e como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Federal.
Hoje o instituto cultural inicia uma nova etapa no processo de desenvolvimento de uma política cultural do terceiro setor e dispõe, nas dependências do Centro Empresarial Manhattan, de um auditório com 150 lugares, de uma sala multimeios, um café-bar (projeto) cultural e duas galerias, estas já em atividade desde novembro de 2002, além das atividades junto à comunidade, com trabalhos voltados para popularização das artes junto aos menos favorecidos e aos portadores de necessidades especiais como: Apae, ADV, asilos, creches, escolas e instituições assistenciais e culturais.

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