Evento já realizado: Varal de Poesia

Varal de poesias leva obras de Edgar Allan Poe às ruas de Poços


Com o objetivo de fomentar o gosto pela leitura e ampliar o acesso do público a obras de escritores consagrados, a Cia Bella de Artes de Poços de Caldas (MG), homenageia, na tarde desta terça-feira (25), a vida e a obra do escritor norte-americano Edgar Allan Poe. A iniciativa levará à mais movimentada rua da cidade – a Assis Figueiredo - um varal repleto de versos do poeta, que serão distribuídos à população. A iniciativa tem início às 15h. 
A idéia do projeto, que teve início em 2004, é chamar a atenção para um varal com 600 poesias, que podem ser escolhidas e levadas para casa por quem se interessar. De acordo com a coordenadora do projeto, Leandra Hilário, a iniciativa pretende oferecer acesso à obra de escritores pouco conhecidos.
“A maioria das pessoas se interessa em reservar alguns minutos para ler e escolher as poesias. Em cerca de duas horas, todos os textos expostos no varal já foram levados. É um projeto inusitado. As pessoas não estão esperando que terão acesso à poesia, no meio de uma tarde atribulada pelo trabalho. A maioria dos autores homenageados são pouco conhecidos pelo público, que tem a oportunidade de ampliar o gosto pela leitura tendo acesso a textos diferenciados. Nós também aproveitamos a oportunidade para a entrega de panfletos sobre outras atividades na Cia Bella e, assim, estreitamos nosso contato com a comunidade, já que esse é o grande objetivo do instituto”, disse. 
Em três anos de projeto, cerca de 9 mil versos de escritores como João Cabral de Mello Neto, Waly Salomão, Hilda Hilst, Pablo Neruda, Victor Hugo, entre outros, já foram distribuídos.
O Varal de Poesias acontece todas as penúltimas terças-feiras de cada mês, mas em março sofreu adiamento de uma semana em função das chuvas. 
Este ano, os escritores Adélia Prado, Baudelaire, Willian Blake, Oscar Wilde, Bocage, Florbela Espanca, Gilka Machado, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles também fazem parte da agenda de homenageados.
A montagem do varal acontece às 15h, na esquina da rua Assis Figueiredo com a Prefeito Chagas, onde o público poderá conhecer um pouco mais da obra de Poe, que tem nos textos repletos de terror psicológico, sua característica mais evidente.

Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe nasceu em Boston, no dia 19 de Janeiro de 1809. Sua infância foi marcada pela morte dos pais, mas ele e a irmã, Rosalie, foram adotados pelo rico casal John Allan e Frances Keeling Allan. Poe era um jovem aventureiro, idealista e de temperamento forte, considerado um boêmio que vivia no luxo, se entregando à bebida, ao jogo e às mulheres.
Mais tarde foi para a Grécia e ingressou no exército lutando contra os turcos, mas suas ambições militares não vingaram. Em 1831, com o lançamento de uma compilação de poesias, ele desliga-se da Academia Militar. Aos 22 anos, vivendo na miséria, publica Poemas. Durante dois anos vive em miséria profunda, mas vence dois concursos de poesias e o editor Thomaz White entrega-lhe a direção do "Southern Literary Messenger". 
Em 1833 lança Uma aventura sem paralelo de um certo Hans Pfaal. Allan Poe gozava de uma certa reputação com leitores assíduos. Aos 27 anos casa-se com sua prima catorze anos mais jovem, Virgínia Clemn. No ano de 1838 trabalha na Button’s Gentleman Magazine, na companhia de sua esposa. O casal vivera na Filadélfia, Nova York e Fordham. Em 1847, sofre com a morte de sua esposa vitimada pela tuberculose. 
Em 1849, Allan Poe lança O Corvo. As obras Eureka e Romance Cosmogônico lhe atribuem a fama necessária para provocar a censura da imprensa e da sociedade. Desiludido, volta para Richmore e depois vai para Nova York e entrega-se à bebida. Antes de seguir para a Filadélfia, resolve encontrar-se com velhos amigos. Na manhã seguinte, Poe é encontrado por um amigo em estado de profundo desespero, largado numa taberna sórdida, de onde o transportaram imediatamente para um hospital. Estava inconsciente e moribundo. Ali permaneceu, delirando e chamando repetidamente por um misterioso "Reynolds" até morrer, aos 39 anos e deixando uma vasta obra em sua vida de sacrifícios e desordem. 
Poe escreveu novelas, contos e poemas, exercendo larga influência em autores fundamentais como Baudelaire, Maupassant e Dostoievski. Seus contos de horror apresentam invariavelmente personagens doentias, obsessivas, fascinadas pela morte, com vocação para o crime, dominadas por maldições hereditárias, seres que oscilam entre a lucidez e a loucura. Entre eles, destacam-se O gato preto, Ligéia, Coração denunciador, A queda da casa de Usher, O poço e o pêndulo, Berenice e O barril de amontillado. 

Fonte: ACS/Cia Bella

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